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MANIFESTO

Por um cacau e chocolate brasileiro com mais equidade racial e mais valorização de quem produz, mais rastreabilidade e responsabilidade com o meio ambiente, mais atenção com a saúde e o bem-estar humano e animal, gerando mais desenvolvimento social, tecnológico e econômico, apoiando e fomentando maior dignidade humana, autonomia, liberdade, a soberania alimentar e os sistemas agroflorestais dos biomas brasileiros.

Ambiental

Pela preservação do meio ambiente e das espécies, a floresta em pé, a regeneração dos biomas brasileiros

Social

Pelo protagonismo de pessoas negras, a circulação de renda, a valorização dos sabres ancestrais e a promoção da equidade racial

Governança

Pela promoção de uma cultura forte,  com ações voltadas para sustentabilidade e a sociobiodiversidade. 

Econômico

Pela economia circular e solidária, pago direto a quem produz, com valor superior de até 80% para a valorização do produtor e do cacau fino.

NOSSA PESQUISA

A pesquisa aborda dados do IBGE e MPT nas fazendas de cacau do Brasil. Nela, podemos identificar os problemas das desigualdades sociorraciais, ambientais e econômicos que contribuem para a pobreza e miserabilidade de produtores pessoas negras.

Pessoas negras são as que mais cultivam cacau, mas as que menos possuem faixas de terras, desenvolvimento econômico e acessibilidade.

53% da população produtora no Brasil se autodeclara negra.
75% produzem cacau, sendo a maioria nos estados da Bahia e do Pará.
São 2,6M de negros e 2,2M de brancos.

Produtores autodeclarados brancos somam 59,4% de hectares (208M), enquanto negros 28% de hectares (99M).
Pessoas negras, em média, possuem até 5 hectares de terra, enquanto brancos + 10 mil.

Pessoas brancas possuem, em média, 59% de concentração de renda e riqueza.
Pessoas negras, em média, 40%. 

A maioria da população negra do cacau, vive com até meio salário per capita.

25% dos produtores negros nunca acessaram a educação e não são alfabetizados.
38,74% da população +18 anos não possuem o ensino fundamental.
Há grande evasão escolar no período de colheita.

Mais de 8 mil crianças e adolescentes são exploradas nas fazendas de cacau.
A maioria está ligada a contratos com as grandes indústrias de cacau e chocolates brasileiros e internacionais.
Alta evasão escolar em período de colheita.

As regiões de cacau possuem péssimos índices de desenvolvimento humano, a Bahia ocupa o 22º lugar de 27. 
As populações que mais produzem cacau agroecológico são de povos tradicionais, Indígenas, Quilombolas e Ribeirinhas.

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